Existem hoje, no Brasil, aproximadamente 2 milhões de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como autismo. Por se tratar de transtorno no desenvolvimento do cérebro, uma das dúvidas mais frequentes sobre o autismo é como pode ser trabalhado na escola. Isso ocorre porque, além do déficit de capacitações voltadas à inclusão desses alunos, o autismo possui diferentes graus e especificidades.
Alguns autistas podem apresentar sensibilidade ao toque, ao barulho e incômodo com o excesso de luz. Na maioria das vezes, a comunicação e a interação social são também afetadas.
Porém, mais do que promover acesso à escola, é preciso incluir esses alunos. O que é diferente de integrar ou socializar. É importante, sobretudo, que se desenvolvam tanto cognitivamente quanto afetivamente, tornando-se autônomos e protagonistas de seu aprendizado.
Psicóloga do SOEP e Grupo Semear
Com a finalidade de prover este tipo de ambiente, o Colégio GGE possui projetos inclusivos e um deles é o Grupo Semear, criado pelo Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SOEP). O Semear consiste em reunir adolescentes, subdivididos por segmento escolar e idade, para despertar características e capacidades individuais e coletivas, abordando temas importantes para o convívio social. Tem a finalidade de oferecer ao aluno um olhar sensível e amadurecido às questões sociais que permeiam o nosso contexto, além de plantar e nutrir vivências, como: compaixão, empatia, consciência social, responsabilidade, liderança, autonomia, motivação, autoestima, entre outros.
“A temática do autismo é trabalhada de forma mais específica no mês de abril pela campanha do Abril Azul e por se tratar de um mês inteiramente voltado à conscientização e mobilização acerca de todo o contexto do TEA, que proporcionassem conscientização e inclusão sobre o autismo. Os nossos alunos do Ensino Médio construíram uma cartilha sobre o autismo, incluindo o relato de uma aluna do 4º ano do Ensino Fundamental contando como é ser autista num textinho cheio de carinho e amor-próprio. No dia 04 de abril os alunos do Semear recepcionaram pais e alunos na entrada da escola, entregando uma fita azul, símbolo da conscientização sobre o TEA, sinalizando o início da campanha que acontecerá durante todo o mês. Aconteceram postagens no instaram do Grupo Semear, criação de vídeos pelos nossos alunos, reportagens etc. Ainda em abril, teremos outras ações que sinalizam a importância de continuarmos conversando sobre a temática para aumentarmos a consciência e diminuirmos o preconceito”, explicou Milena Lucena, psicóloga do Colégio GGE.
Alunos do Grupo Semear apresentam a Cartilha Abril Azul, criada por eles
Abril: Mês da Conscientização do Autismo
O autismo é considerado um transtorno no desenvolvimento humano que pode afetar diversas áreas da vida, como a comunicação, a fala, o comportamento, os interesses e até mesmo a expressão dos sentimentos, por este motivo é preciso que a instituição e a equipe estejam preparadas para acolher todos que possuam esta especificidade, dando-lhe segurança para conquistar a confiança do aluno e, ao mesmo tempo, proporcionar atividades que construam o seu aprendizado.
No mês da Conscientização do Autismo, o Grupo Semear, em parceria com o SOEP, desenvolveu uma cartilha que trata do tema de forma simples e na linguagem dos alunos. O objetivo é levar a abordagem para dentro da sala de aula e criar uma percepção mais simples a respeito do transtorno. Além da explicação sobre Autismo e TEA, tem também dicas de filmes e curiosidades sobre personalidades famosas, ambas envolvendo o tema.
Faça aqui o download da Cartilha Abril Azul
“Entendemos que o Projeto Semear, assim como outras abordagens em sala de aula é muito importante para que tenhamos maior consciência sobre o autismo, e, principalmente, cada dia mais crianças felizes e socializadas em ambiente escolar, principalmente crianças que tragam alguma demanda específica no desenvolvimento global ou pedagógico. Queremos ensinar sobre respeito, empatia e amor entre as crianças, e nada melhor do que aprender e ensinar numa prática diária de autonomia, cuidado mútuo e atenção às diferenças”, concluiu a psicóloga.
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