“Neste momento tudo vira um tempestade, então, é importante não superdimensionar as situações e acontecimentos. Tentar preservar o sono e exercícios físicos também é importante. Além disso, eu costumo orientar os alunos a sempre refletir sobre seus sentimentos. Perceber de onde está vindo certa variação de humor para poder ter uma boa gestão das suas emoções. Refletir sobre seus pensamentos, emoções e comportamentos ajuda a desenvolver suas habilidades emocionais”, afirma a psicóloga do GGE Paissandu, Emanuela Freire.
Diante do isolamento social, os adolescentes, assim como as crianças em geral, têm se sentido sozinhos, pois, perderam a habilidade de trocar sentimentos e conversas com a família e sentem saudades dos amigos. “A palavra tédio é geral. Ouvimos muito sobre a dificuldade em se adaptar ao novo método de ensino à distância, problemas com o sono, pois houve a mudança na rotina, e problemas com gasto de energia física, que ficou limitado”, pontua Emanuela. Para ajudar a manter o foco, uma dica importante é a elaboração de um plano de estudos diário. “Mesmo que a rotina a qual estávamos acostumados no dia a dia tenha sido alterada neste isolamento, precisamos nos reinventar até nas técnicas de estudo e perceber qual a mais adequada para a maneira de aprender”, orienta Emanuela.
Segundo a psicóloga do Ensino Médio do GGE Boa Viagem, Thaís Oliveira, neste período de quarentena e de isolamento social, os alunos precisam entender o que eles devem estudar naquele dia. Para isso, é preciso, antes de tudo, identificar onde estão as suas maiores dificuldades e facilidades. “Se eu fujo do roteiro eu fico muito aleatório, muito disperso. A quarentena mudou a rotina e isso também interfere na aprendizagem. Por isso, é importante pensar na organização observando o que pode melhorar, mudar e lançar metas diárias. Lembrando sempre que é importante que as metas tenham início, meio e fim. Ou seja, que tenha prazo a ser cumprido. Alimentação balanceada e atividades também são importantes”, enfatiza.
A psicóloga também orienta que os alunos deixem de lado o pessimismo e comecem a trabalhar a psicologia positiva.
“Se eu não estou bem comigo mesmo nada funciona. Cuidar do emocional é crucial. Acordar acreditando mais em si, potencializando o que você não está confiante, se motivar diariamente. Para isso, uma dica é utilizar lembretes resgatando as suas forças porque, às vezes, nos preocupamos com fraquezas e esquecemos dos nossos pontos fortes”, alerta.
Neste ponto, a família tem um papel importante. Para os pais, a principal orientação é ter paciência e não cobrar.
“As famílias estão muito tempo em um mesmo espaço e fica difícil a convivência. Este é o momento em que se deve deixar o ambiente diário mais leve e usar de orientação em relação aos estudos mostrando que a situação geral é difícil, mas que, aos poucos, eles vão se encontrando neste espaço”.
Com os sentimentos sob controle, os alunos terão mais segurança para organizar a rotina de estudos. Aliás, a rotina é a chave de todo o processo. Ter horários estabelecidos ajuda a manter o aprendizado e contribui para manter o fluxo de estudos. Neste sentido, a primeira orientação é manter um local reservado para estudar.
“Antes os alunos tinham um local para assistir às aulas (que eram as salas de aula) e um local para estudar (em casa). Agora, tudo se mistura. Então, precisam de novos rituais porque nosso cérebro se adapta a novas situações, mas precisa de rotina para que possa ter eficácia. Mostrar que estamos nos adaptando e agindo normalmente”, alerta o gestor de Ensino Médio do GGE Boa Viagem, Glaumo de Sá Leitão.
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